Que espécie é esta: cogumelo da pega

O leitor Telmo Teodósio fotografou este cogumelo a 19 de Novembro em Vila Nova da Barquinha, e pediu ajuda na identificação. A associação Ecofungos responde.

Trata-se de um cogumelo da Pega (Coprinopsis picacea).

Espécie identificada e texto por: Ecofungos – Associação Micológica.

Este é um cogumelo que pertence à Ordem das Agaricales, família Psathyrellaceae. É conhecido no Reino Unido como Magpie Inkcap (O cogumelo da Pega – Pica pica).

É uma espécie que, até há alguns anos atrás, esteve incluída no Género Coprinus (onde se inclui a Coprinus comatus, mais conhecida), mas que transitou para as Família Psathyrellaceae, após trabalhos recentes na área da sequenciação de ADN.

Os cogumelos desta espécie frutificam normalmente no Outono, no solo, sobre prados de herbáceas.

Têm um chapéu cónico, estriado, com escamas brancas que podem ser mais ou menos evidentes, mediante as condições atmosféricas.

As lâminas, na parte inferior do chapéu, têm cor branca, na fase juvenil, e depois tornam-se negras e liquefazem-se com a maturação do cogumelo, enrolando o chapéu no sentido ascendente, até desaparecer por completo.

Têm um pé central, branco e esbelto, mas frágil, com um pequeno bolbo na base.

É uma espécie saprófita/decompositora.  


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.