Bufo-pequeno. Foto: Byrdyak/WIkiCommons

Que espécie é esta: crias de bufo-pequeno

A leitora Ana Silva ouviu uma ave numa vinha em Cantanhede, a 6 de Maio, e pediu ajuda na identificação da espécie. Magnus Robb responde.

 

“Hoje (6 de Maio) cerca das 21h30 gravei esta vocalização numa vinha em Cantanhede.  É possível identificar a que espécie pertence?”, perguntou Ana Silva à Wilder.

 

 

Tratam-se de crias de bufo-pequeno (Asio otus).

Espécie identificada por: Magnus Robb, ornitólogo britânico especializado na gravação do canto de aves.

“Isto é o som das crias de uma família de bufo-pequeno (Asio otus). É bom saber que a espécie nidifica na zona de Cantanhede”, respondeu Magnus Robb.

O bufo-pequeno é uma espécie de rapina nocturna residente em Portugal.

Tem uma envergadura de asa de entre 86 e 98 centímetros e é do mesmo tamanho do que a coruja-das-torres. Tem olhos cor-de-laranja e pequenos tufos, vulgarmente designados “orelhas”, explica o portal Aves de Portugal.

 

Bufo-pequeno. Foto: Byrdyak/WIkiCommons

 

Os adultos são bastante silenciosos. Já as crias podem ser ouvidas a pedir comida. Os sons que emitem fazem lembrar um miar.

A estimativa populacional é de entre 200 a 1.000 casais.

Segundo o portal Aves de Portugal, “de todas as rapinas nocturnas que ocorrem em Portugal, o bufo-pequeno é, certamente, a mais difícil de observar”. Isto porque é uma “ave muito discreta e não se conhecem locais onde a sua ocorrência possa ser considerada regular”.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.