Que espécie é esta: escaravelho-da-palmeira

O leitor Amândio Fernandes encontrou um pequeno animal em Caldas das Taipas, Guimarães, a 28 de Abril de 2019, e pediu para saber a espécie. João Gonçalo Soutinho responde.

O animal “foi fotografado no muro da minha casa que a separa de um terreno agrícola de produção de milho”, explicou Amândio Fernandes.

Trata-se de um escaravelho-da-palmeira (Rhynchophorus ferrugineus).

Espécie identificada e texto por: João Gonçalo Soutinho, coordenador do VACALOURA.pt.

Esta é uma espécie exótica invasora que chegou a Portugal em Agosto de 2007, mais concretamente ao Algarve. Hoje há registos em várias regiões do país, como Lisboa e Vale do Tejo, região Centro e Região Autónoma da Madeira.

É uma espécie prejudicial que afecta as palmeiras, em particular a palmeira das Canárias (Phoenix canariensis).

Os adultos – de tons vermelhos-acastanhados e com um comprimento que pode variar entre os 16 e os 42 milímetros – conseguem voar grandes distâncias, cerca de cinco quilómetros.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.