Que espécie é esta: escaravelho Meloe tuccius

O leitor Paulo Marques fotografou este escaravelho na Primavera de 2019 em Santa Iria da Azóia, e quis saber qual a espécie a que pertence. Eva Monteiro responde.

 

 

A espécie que observou é um escaravelho Meloe tuccius.

Espécie identificada e texto por: Eva Monteiro, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

O insecto da fotografia é um Meloe tuccius, um escaravelho (Ordem Coleoptera) da família Meloidae.

Algumas espécies desta família, conhecidas popularmente como arrebenta-bois, reconhecem-se pelo abdómen muito desenvolvido dos adultos que, ao ultrapassar em muito o comprimento dos élitros (as asas anteriores endurecidas típicas dos coleópteros), lhes confere um aspecto patusco e característico.

Os adultos alimentam-se de plantas de várias famílias, mas as larvas são parasitas de ninhos de abelhas solitárias onde se desenvolvem à custa das suas larvas e reservas de néctar pólen.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

 

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Para o ano de 2020 criámos um calendário inspirado nas espécies de plantas, animais e cogumelos de Portugal, com 12 das melhores imagens que recebemos dos nossos leitores, através do Que Espécie É Esta. E com os dias mais especiais dedicados à Natureza, de Janeiro a Dezembro. 

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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.