Que espécie é esta: fungo armilária cor de mel

O leitor Pedro Torres fotografou este fungo a 19 de Novembro em Vila Meã, Amarante, e pediu ajuda na identificação. A associação Ecofungos responde.

Trata-se do fungo armilária cor de mel (Armillaria mellea).

Espécie identificada e texto por: Ecofungos – Associação Micológica.

A foto que o leitor envia é de uma espécie parasita de folhosas, a Armillaria mellea (Armilária cor de mel, ou Honey fungus). 

É uma espécie de fungo, da Ordem das Tricholomatales, que provoca a podridão agárica nas folhosas, como o sobreiro, mas também ataca resinosas. 

O fungo frutifica nestes lindos agregados de cogumelos, no solo, na base do tronco das árvores, ou sobre cepos de árvores mortas. Pode ter comportamento sapróbio. 

Distingue-se das espécies similares por diversas caraterísticas macroscópicas, mas salienta-se a diferenciação no anel, que apresenta uma cor amarelada muito evidente.

Os cogumelos desta espécie podem ter chapéus com 10 a 15 cm de diâmetro, convexos a planos ou ondulados, e ligeiramente umbonados ao centro. Cor de mel e com o centro mais escuro.

O pé pode variar entre 7 e os 12 cm, ou mais, de altura, com um anel bastante evidente, membranoso e de cor amarelada.

As lâminas são ligeiramente decorrentes, claras em jovem e mais escuras com pequenas manchas avermelhadas na maturação.

Apesar de surgir em alguns guias como comestível, após fervura, não se recomenda uma vez que existem relatos de intoxicação com este fungo. 


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.