Que espécie é esta: fungo Gymnopilus junonius

O leitor João Pedro Freire fotografou estes fungos em Arganil, a 12 de Janeiro de 2018, e pediu ajuda para saber a espécie. A associação Ecofungos responde.

 

“Após o grande incêndio de Outubro de 2017 foi espantoso observar algumas espécies que resistiram à devastação do fogo”, contou o leitor à Wilder.

Estas imagens foram captadas a 12 de Janeiro de 2018 na Quinta da Cortedeira, concelho de Arganil.

 

 

 

Trata do fungo Gymnopilus junonius.

Espécie identificada e texto por:  Ecofungos – Associação Micológica.

A espécie é uma Gymnopilus junonius. Apenas tem nomes comuns em inglês –  “Laughing Cap, Laughing Jim”. O nome anterior desta espécie indicava a sua grandiosidade – Gymnopilus spectabilis.

É saprófita, pelo que decompõe a matéria orgânica.

Nasce em tufos, normalmente na base de árvores. Cresce de forma cespitosa e as frutificações (cogumelos) podem atingir dimensões até 30 cm de altura, com chapéus até 20-25cm de diâmetro.

Integra um grande grupo de fungos – as Cortinariáceas, daí possuir um anel descaído e membranoso, no pé, que surge após rompimento da membrana protetora das lâminas, no processo de maturação do fruto.

Trata-se de uma espécie tóxica.

Aqui pode ter acesso a mais informações.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

 

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Para o ano de 2020 criámos um calendário inspirado nas espécies de plantas, animais e cogumelos de Portugal, com 12 das melhores imagens que recebemos dos nossos leitores, através do Que Espécie É Esta. E com os dias mais especiais dedicados à Natureza, de Janeiro a Dezembro. 

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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.