Que espécie é esta: grilo-de-sela fêmea

O leitor Herman Schrama fotografou este insecto em Santa Catarina, perto das Caldas da Rainha, a 30 de Janeiro, e quis saber qual a espécie a que pertence. Eva Monteiro responde.

 

O insecto foi avistado, mais especificamente, em Casal da Marinha.

A espécie que observou é um grilo-de-sela do género Lluciapomaresius sp.

Espécie identificada por: Eva Monteiro, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

O insecto que Herman Schrama encontrou é uma fêmea.

Eva Monteiro explicou que este grilo-de-sela, do género Lluciapomaresius sp., é dificil identificar por fotografia. Por isso não é possível chegar à espécie, só ao género.

“Os grilos-de-sela distinguem-se por terem grandes dimensões, pelo pronoto (zona atrás da cabeça) muito desenvolvido que lembra uma sela de montar e pelas tégminas (nome dado às anteriores endurecidas dos ortópteros) muito reduzidas e de forma arredondada”, explica Eva Monteiro.

“São bons cantores. Produzem um canto metálico, que faz lembrar o som das cigarras, através da fricção das asas anteriores.”

Entre as 103 espécies que já identificámos para os nossos leitores, no âmbito do projecto “Que espécie é esta?”, estão sete grilos e saltões:

  • Grilo-do-mato ou saltão (Thyreonotus bidens)
  • Grilo-de-sela-gordo-da-cruz (Lluciapomaresius)
  • Saltão-cabeça-de-cone (Ruspolia nitidula)
  • Grilo-de-sela (Neocallicrania)
  • Saltão-castanho (Platycleis)
  • Saltão déctico-da-face-branca (Decticus albifrons)
  • Grilo-de-sela-de-perna-longa (Steropleurus pseudolus)

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.