Que espécie é esta: grilo-do-mato fêmea

O leitor Eduardo Ferreira fotografou este insecto em Coruche a 20 de Janeiro e quis saber qual a espécie a que pertence. Eva Monteiro responde.

 

“Sou um amante da natureza e apoiante da biodiversidade e, como tal, sempre que reparo em algum animal ou planta fora do comum tomo algumas imagens e mais tarde tento identificar, basicamente através de pesquisas na Internet”, contou Eduardo à Wilder.

“Após varias tentativas infrutíferas nada não consegui encontrar, nem descrição nem imagens semelhantes”, acrescentou. O seu palpite ia para uma fêmea de gafanhoto.

 

 

A espécie que observou é um grilo-do-mato ou saltão (Thyreonotus bidens).

Espécie identificada e texto por: Eva Monteiro, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

O saltão da foto é uma fêmea de Thyreonotus bidens, uma espécie endémica da Península Ibérica e, por isso, um dos ortópteros alvo da Lista Vermelha de Invertebrados Portugueses.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.