A leitora Elisabete Cartaxo fotografou estas lagartas em Novembro em Setúbal e quis saber qual a espécie a que pertence. Albano Soares dá-lhe a identificação.
Elisabete Cartaxo encontrou a primeira lagarta a 14 de Novembro “no passeio da minha rua junto a um prédio”, na zona de Vale do Cobro, em Setúbal. É uma zona habitacional, com zonas verdes, junto a um campo com sobreiros, oliveiras e eucaliptos.
“Nunca tinha visto uma lagarta tão grande. Fiquei admirada com o tamanho e com o local onde estava. Depois de várias pesquisas, encontrei o vosso site e julgo que se trata da lagarta da borboleta-caveira.”
Dois dias depois, a 16 de Novembro, “também no passeio da minha rua, encontro a outra lagarta. Pensei que seria a mesma e que tinha mudado de cor, mas depois de a observar, porque os desenhos são diferentes, concluí que seria outra. Fui colocá-la num vaso de plantas, para a tirar do chão.”
“Que lagartas estranhas para mim, nunca tinha visto. Que coincidência duas na mesma semana.”
A espécie que observou é uma lagarta da borboleta caveira (Acherontia atropos).
Espécie identificada e texto por: Albano Soares, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.
São ambas lagartas da mesma espécie, mas estão em estádios de evolução diferentes.
Esta grande e bonita borboleta noturna pertence à família Sphingidae. É uma das nossas maiores borboletas e um dos maiores na classe insecta nas nossas latitudes.
Ficou célebre por dar capa a um filme de Hollywood.
O nome comum vem da marca no tórax dos adultos que lembra uma caveira.
As lagartas alimentam-se de plantas da família da batata e também de folhas de oliveira.
[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.
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