Que espécie é esta: lagarta da borboleta Orgyia antigua

A leitora Anne-Marie Margalho fotografou esta lagarta em Mafra, a 14 de Setembro, e pediu ajuda para saber a espécie. Eva Monteiro responde.

“Encontrei este animal pela primeira vez a caminhar no muro da minha varanda. Vivo no campo, no concelho de Mafra. Agradeço se me puderem dizer qual é o seu nome”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se da borboleta nocturna Orgyia antigua.

Espécie identificada e texto por: Eva Monteiro, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

O que vemos na foto é uma lagarta de uma borboleta nocturna da família Erebidae chamada Orgya antigua.

As lagartas têm este ar engraçado de escova de dentes com corninhos peludos.

Mas atenção! Não tocar, estas lagartas são urticantes.

Alimentam-se de folhas de várias espécies de árvores caducifólias.

Os machos adultos têm quatro asas castanhas de aspecto aveludado com um ponto branco junto à margem posterior de cada uma das asas anteriores.

As fêmeas só parecem cabeça, tórax e abdómen, sem quaisquer vestígios de asas, a maior parte das vezes nem se quer se afastam do casulo, de onde libertam feromonas para atrair os machos para a cópula.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.