Que espécie é esta: lagartixa-esverdeada

O leitor Jaime Loureiro fotografou uma lagartixa em Alfena (Valongo, Porto), no Verão de 2017, e pediu ajuda na identificação da espécie. O investigador Luís Ceríaco responde.

 

“Estes aparecem-me em casa com frequência. Chegam a entrar dentro de casa, voltamos a fazê-los sair, incluindo crias! São nocivos? Devemos ter algum cuidado particular? Qual a espécie? Não temos jardim, apenas um terraço com muros altos”, escreveu Jaime Loureiro.

 

 

Tudo indica que o réptil em questão seja uma lagartixa-esverdeada (Podarcis virescens).

Espécie identificada por: Luís Ceríaco, especialista em répteis e investigador do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.

Esta espécie é um endemismo ibérico. Mede cerca de seis centímetros de comprimento e, na época de reprodução, os machos apresentam o dorso num tom esverdeado.

Podemos encontrar esta lagartixa em muros, perto de casas e em zonas urbanizadas, principalmente a Sul do rio Tejo.

Alimenta-se de artrópodes.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. No caso de plantas, deve enviar fotos de pormenor das folhas, frutos e flores (se houver), se possível também tiradas contra o céu. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.