Que espécie é esta: Lampranthus multiradiatus

A leitora Paula Ferreira fotografou estas flores a 23 de Abril na Vagueira e pediu ajuda para identificar a que espécie pertencem. Filipe Covelo responde.

 

“Estas flores estão no jardim da casa de praia dos meus pais, na Vagueira. Sabem dizer-me como se chamam?”, escreveu a leitora à Wilder.

 

 

“As flores abrem quando está sol.”

 

 

Trata-se da espécie Lampranthus multiradiatus.

Espécie identificada e texto por: Filipe Covelo, colaborador do Jardim Botânico e do Herbário da Universidade de Coimbra (UC), no âmbito do projecto PRISC (Portuguese Research Infrastructure of Scientific Collections). O Jardim Botânico da UC tem a decorrer um projecto de consultas botânicas para o qual pode enviar as perguntas e dúvidas que tiver sobre plantas ([email protected]).

As fotos são da espécie Lampranthus multiradiatus (Jacq.) N.E.Br. da família Aizoaceae, a mesma da espécie invasora das nossas dunas marítimas, o chorão-das-praias (Carpobrotus edulis (L.) N.E.Br.).

O género Lampranthus deriva do grego Lamprós= brilhante + ánthos= flor.

É uma planta nativa da África do Sul, bastante cultivada como ornamental devido às suas flores muito vistosas.

Pelo despejo de sobras de jardinagem algumas espécies como esta vão começando a naturalizar-se em alguns locais, podendo manifestar um comportamento invasor. Esta é uma atitude que não devemos praticar, de forma a protegermos as espécies nativas.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.