O milhafre-preto foi a espécie mais atingida pelos crimes agora sentenciados. Foto: Tim Sträter/Wiki Commons

Que espécie é esta: milhafre-preto

O leitor Joaquim Leonardo fotografou esta ave em Abril de 2018 no Parque Natural do Tejo Internacional e quis saber a que espécie pertence. Gonçalo Elias dá-lhe a identificação.

 

A ave foi observada naquela área protegida, perto do Rosmaninhal.

 

 

Trata-se de um milhafre-preto (Milvus migrans).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

O milhafre-preto – que também é conhecido como rabo-de-bacalhau ou milhano-preto – é uma das aves de rapina diurnas mais frequentes em várias regiões do país, segundo o livro “Aves de Portugal – Ornitologia do território continental” (2010, Assírio & Alvim).

É uma ave de rapina de tamanho médio, medindo entre 61 e 72 centímetros de comprimento. A envergadura de asa é de entre 140 e 165 centímetros.

A sua plumagem é castanha e tem a cauda comprida e bifurcada. De perfil parece curvado, com a cauda e a cabeça pendidas.

Esta ave de voo flutuante e tranquilo é frequente vista a caçar ao longo das estradas ou sobre planos de água. Alimenta-se tanto de presas vivas – mamíferos, aves, peixes, répteis, anfíbios e crustáceos – como de animais mortos e até de restos e lixo.

O milhafre-preto é uma espécie migradora, que está presente no nosso território de Março a Agosto. O Inverno é passado em África, a sul do deserto do Saara.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

 

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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.