Que espécie é esta: ooteca de louva-a-deus-comum

A leitora Núria Gonçalves fotografou esta estrutura feita por um insecto em Sapardos, Vila Nova de Cerveira, a 25 de Janeiro e quis saber qual a espécie a que pertence. Eva Monteiro responde.

 

“Encontrei esta crisálida/casulo ontem, dia 25 de Janeiro, em Sapardos, Vila Nova de Cerveira, no tronco de uma palmeira. Já tinha encontrado algo assim antes, numa folha de uma macieira, em Refóios, Ponte de Lima”, escreveu Núria Gonçalves à Wilder.

 

 

O que observou é uma ooteca de um louva-a-deus-comum (Mantis religiosa). 

Espécie identificada por: Eva Monteiro, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

O que vemos na imagem não é um casulo, mas sim uma ooteca de um louva-a-deus-comum.

Ou seja, é uma espécie de estojo que a mãe louva-a-deus segrega no momento da postura, que encerra os ovos e os protege enquanto não eclodem.

Normalmente as ootecas encontram-se debaixo de pedras ou em troncos com na fotografia.

Da ooteca sairão as ninfas de louva-deus, pequenas miniaturas dos adultos.

A Mantis religiosa é uma das espécies mais comuns de louva-deus da nossa fauna. Estes insectos reconhecem-se pelas patas anteriores adaptadas à caça, que também lhes dão o nome comum, já que parece que estão a rezar.

Recorde aqui o louva-a-deus-comum que a leitora Fernanda Torres encontrou em Vila Nova de Milfontes, a 29 de Novembro de 2018.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

 

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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.