Que espécie é esta: pato-trombeteiro

O leitor Paulo Amaral fotografou estas aves em voo na Lagoa dos Salgados, Albufeira, em Agosto, e pediu ajuda na identificação. Gonçalo Elias responde.

“Pelo bico largo na sua extremidade poderia dizer que são colhereiros. Mas os colhereiros que também fotografei eram adultos e são diferentes. Serão colhereiros juvenis? Serão colhereiros fêmeas?”, escreveu Paulo Amaral à Wilder.

Tratam-se de patos-trombeteiros (Anas clypeata).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

São patos-trombeteiros e identificam-se pelo bico em forma de espátula.

Também podem ser conhecidos como patos-colhereiros mas não se devem confundir com os colhereiros (Platalea leucorodia).

No mês de Agosto os patos estão em plumagem de eclipse e por isso não são visíveis as cores típicas dos adultos.

O macho tem a cabeça verde-garrafa, o peito branco e os flancos castanhos; a fêmea é toda acastanhada.

E ainda que seja uma das espécies de patos mais comuns no nosso país durante a época de Invernada, a população residente está Em Perigo.

É por isso, no nosso país, sobretudo um invernante, chegando os primeiros indivíduos a partir de Agosto, permanecendo algumas aves entre nós até Abril, segundo o portal Aves de Portugal.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.