Que espécie é esta: pé-de-burro

A leitora Mafalda Borrego fotografou esta flor a 15 de Março na Serra da Ota e pediu ajuda para identificar a que espécie pertence. Filipe Covelo responde.

 

 

Trata-se da espécie pé-de-burro ou maios-pequenos (Gynandriris sisyrinchium).

Espécie identificada e texto por: Filipe Covelo, colaborador do Jardim Botânico e do Herbário da Universidade de Coimbra (UC), no âmbito do projecto PRISC (Portuguese Research Infrastructure of Scientific Collections). O Jardim Botânico da UC tem a decorrer um projecto de consultas botânicas para o qual pode enviar as perguntas e dúvidas que tiver sobre plantas ([email protected]).

A foto é de uma espécie da família Iridaceae, trata-se de Gynandriris sisyrinchium (L.) Parl. (= Moraea sisyrinchium (L.) Ker Gawl.), de nome comum pé-de-burro e maios-pequenos.

É uma planta bulbosa, que atinge no máximo 40 cm de altura, de flor azulada algo parecida com as conhecidas íris.

É nativa da região Mediterrânica, estendendo-se pelo SO Asiático até ao Paquistão.

É possível observar esta espécie na metade meridional de Portugal, em descampados, bermas de caminhos e clareiras de matos, locais com solos secos e compactos.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.