Que espécie é esta: petinha-dos-prados

A leitora Ana Dias Amaral fotografou esta ave a 18 de Outubro em Vila Praia de Âncora e quis saber a que espécie pertence. Gonçalo Elias dá-lhe a identificação.

“Fotografei em Vila Praia de Âncora, concelho de Caminha, no dia 18/10/2020 duas petinhas que não consigo identificar. Talvez sejam ambas petinhas dos prados, mas parecem-me ser diferentes. Será que me conseguem ajudar na identificação?”, escreveu a leitora à Wilder.

A espécie que observou é, em ambos os casos, a petinha-dos-prados (Anthus pratensis).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

Esta é uma espécie que nos visita no período de invernada (de Outubro a Março), vinda de países como a Islândia ou a Rússia. Segundo o portal Aves de Portugal, “de todos os passeriformes que nos visitam no Outono e no Inverno, a petinha-dos-prados é certamente um dos mais abundantes”.

A petinha-dos-prados mede cerca de 15 centímetros e é uma ave com plumagem castanho-acizentada. Na face tem um anel orbital branco-sujo.

Passa grande parte do tempo no solo mas, depois de um voo, também podemos vê-la pousada em fios ou em postes.

Alimenta-se de insectos e de aranhas, daí o seu bico fino. Ocorre em terrenos agrícolas.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.