um pisco de peito ruivo no ramo de uma árvore
Pisco-de-peito-ruivo. Foto: Wolfgang Vogt/Pixabay

Que espécie é esta: pisco-de-peito-ruivo

A leitora Isabel Gomes fotografou esta ave na Urbanização da Portela, Loures, a 9 de Dezembro, e pediu para saber a espécie. Gonçalo Elias responde.

“Hoje encontrei nuns arbustos da Urbanização da Portela este pássaro de peito alaranjado e maior do que é habitual”, escreveu a leitora à Wilder.

“Esteve muito tempo parado no ramo, parecendo curioso connosco e atento, até que voou. É possivel identificá-lo?”

Trata-se de um pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

Esta é a Ave do Ano 2019, escolhida pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (Spea).

um pisco de peito ruivo
Pisco-de-peito-ruivo. Foto: Christiane/Pixabay

O pisco-de-peito-ruivo é uma ave comum em Portugal (Continente e Ilhas). Mas a população é maior durante os meses de Inverno, quando chegam piscos vindos do Norte da Europa.

Podem ser observados tanto no campo como em jardins e parques de cidades.

É “facilmente reconhecido pela enorme mancha alaranjada que se 
estende da testa até ao peito, e que contrasta enormemente com o 
abdómen branco e com o dorso e a nuca, acastanhados”, segundo o Portal Aves de Portugal.

Gonçalo Elias explica que, “em relação ao tamanho da ave, poderá ser apenas percepção. É certo que existe alguma variação individual, mas é pouco expressiva”.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.