Que espécie é esta: planta do género Oxalis

A leitora Daniela Meira fotografou esta planta em casa de familiares a 27 de Agosto em Peso da Régua e pediu ajuda para saber a espécie. O investigador Filipe Covelo responde.

“Em casa de uns familiares existem, há vários anos, alguns vasos com estes trevos de quatro folhas”, escreveu Daniela Meira.

“Só aparecem no verão e à noite as folhas fecham. Na época mais fria esta planta desaparece completamente não restando nenhum vestígio observável a olho nu no vaso.”

Trata-se de uma planta do género Oxalis (família Oxalidaceae).

Espécie identificada e texto por: Filipe Covelo, colaborador do Jardim Botânico e do Herbário da Universidade de Coimbra (UC), no âmbito do projecto PRISC (Portuguese Research Infrastructure of Scientific Collections). O Jardim Botânico da UC tem a decorrer um projecto de consultas botânicas para o qual pode enviar as perguntas e dúvidas que tiver sobre plantas ([email protected]).

Segundo este especialista, “a planta no vaso é uma espécie do género Oxalis (família Oxalidaceae) e não um Trifolium (Fabaceae)”.

Neste caso não foi possível identificar a espécie por causa da “falta de um conjunto de caracteres que permitem a identificação, como flores, rizomas ou bolbos”, explicou Filipe Covelo.

A família Oxalidaceae tem actualmente cerca de 570 espécies conhecidas. São plantas herbáceas, arbustos e pequenas árvores repartidas por cinco géneros, um deles o Oxalis, como a planta que Daniela Meira fotografou.

De acordo com o portal Flora-on, estão registadas cinco espécies do género Oxalis em Portugal. A aleluia (Oxalis acetosella) e a erva-azeda (Oxalis corniculata) que são autóctones; a Oxalis latifolia, o trevo-azedo-rosa (Oxalis purpurea) e as azedas (Oxalis pes-caprae) que são exóticas.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.