A poupa é uma das aves mais registadas na zona da Faculdade de Ciências, em Lisboa. Foto: Helena Geraldes

Que espécie é esta: poupa

A leitora Elza Baptista Filha observou esta ave no início de Junho nos jardins de Olhão e pediu ajuda na identificação. Gonçalo Elias responde.

“Caminhando esta semana que passou com meu cão nos jardins de Olhão eu deparei com este pássaro lindo, e com um bico bem estranho, parece um martelinho pegando comida da relva”, contou Elza à Wilder.

Foto: Elza Baptista Filha
Foto: Elza Baptista Filha

Trata-se de uma poupa (Upupa epops).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

A poupa é uma ave que mede entre 25 e 29 centímetros de comprimento.

Tem um bico longo, estreito e ligeiramente curvo para baixo. Mas o que a distingue realmente é a sua poupa, que costuma levantar por breves instantes, normalmente quando aterra.

Esta ave passa a maior parte do seu tempo no solo, à procura de minhocas e de insectos para se alimentar. 

Quando chega a época de reprodução escolhe cavidades de árvores ou edifícios em ruínas para fazer o seu ninho. Tem apenas uma ninhada por ano, normalmente com uma média de oito ovos.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.