Que espécie é esta: ralo ou grilo-toupeira

A leitora Florinda Patrocínio fotografou este animal a 8 de Abril no quintal em Janeiro de Baixo, e quis saber qual a espécie a que pertence. Eva Monteiro responde.

 

“Hoje encontrei este bichinho no meu quintal, em Janeiro de Baixo, concelho de Pampilhosa da Serra. Caiu dentro de um balde de água, lá o tirei e consegui a fotografia! Gostaria de saber o que é na realidade”, contou a leitora.

 

 

A espécie que observou é um ralo ou grilo-toupeira (Gryllotalpa vineae).

Espécie identificada e texto por: Eva Monteiro, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

O bicho que nos envia a Florinda é um ralo (Gryllotalpa vineae), também conhecido por grilo-toupeira porque escava galerias no solo.

Os machos cantam nos seus buracos para atrair as fêmeas.

O seu canto característico, alto e contínuo (que pode ouvir aqui) é comum em noites de primavera, principalmente depois de grandes chuvadas.

 

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Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.