Que espécie é esta: rizomas de cana-comum

A leitora Isabel Maria Vicente fotografou esta planta a 1 de Agosto na praia da Costa Nova, Ílhavo, e pediu ajuda na identificação. O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra responde.

“Encontrei estas raízes na praia da Costa Nova, Ílhavo. Gostaria de saber o que são, será que me conseguem ajudar?”, escreveu a leitora à Wilder.

Tratam-se de rizomas da espécie Arundo donax (Família Poaceae), conhecida por cana, canavieira, cana-do-reino, cana-comum ou cana-de-roca.

Espécie identificada e texto por:  Jardim Botânico da Universidade de Coimbra (JBUC), que tem a decorrer um projecto de consultas botânicas para o qual poderá enviar todas as perguntas e dúvidas que tiver sobre as plantas ([email protected]).

Na realidade, o que a leitora observou não são raízes mas caules subterrâneos, denominados rizomas, de Arundo donax

Presumivelmente nativa da região oriental da Europa e da Ásia temperada, esta espécie é considerada invasora em território nacional com efeitos nocivos sobre a vegetação autóctone.

Reproduz-se por via vegetativa através dos rizomas, cujos fragmentos são transportados nos cursos de água originando novos pontos de invasão, a grandes distâncias, quando ficam retidos nas margens. 


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.