Que espécie é esta: salamandra-de-pintas-amarelas

A leitora Manuela Silva encontrou este anfíbio na Maia, a 14 de Agosto, e pediu ajuda para saber a espécie. Rui Rebelo responde.

Trata-se de uma salamandra-de-pintas-amarelas (Salamandra salamandra gallaica). Esta espécie tem outros nomes comuns, como saramantiga, saramela e saramaganta.

Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

O animal que Manuela Silva encontrou é um juvenil.

Pelo tamanho percebe-se que já terá mais de um ano, mas parece ainda não ter tamanho de reprodutor.

Durante o Verão estes animais entram em estivação – um estado letárgico – enterrados em solos com alguma humidade, ou em grutas/cavidades.

Este animal foi “acordado” durante este período e se ficar exposto ao calor do Verão pode morrer depressa. Se possível deveria ter sido dado acesso a solo solto e húmido, para que se possa enterrar outra vez.

 

Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. No caso de plantas, deve enviar fotos de pormenor das folhas, frutos e flores (se houver), se possível também tiradas contra o céu. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.