Tarambola-cinzenta. Foto: Frank Schulenburg/WikiCommons

Que espécie é esta: tarambola-cinzenta

O leitor Rui Ferreira fotografou estas aves a 18 de Fevereiro em Esposende e quis saber a que espécie pertencem. Gonçalo Elias dá-lhe a identificação.

 

Foto: Rui Ferreira

 

Tratam-se de tarambolas-cinzentas (Pluvialis squatarola).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

Esta é uma ave limícola de pernas compridas, bico curto e robusto e tonalidade maioritariamente
acinzentada, descreve o portal Aves de Portugal.

Tem duas plumagens distintas, uma de Inverno e outra de Verão. “A primeira, menos exuberante, é sobretudo caracterizada por um padrão escamado no dorso e asas, e ventre e peito mais pálidos. No Verão, a plumagem é mais vistosa, apresentando uma máscara preta que se estende pela garganta, peito e abdómen, e que contrasta fortemente com os flancos brancos, e a malha branco-preta no dorso e asas.”

É uma ave que pode ser observada junto ao litoral, perto de sapais e estuários.

Segundo o portal Aves de Portugal, a melhor altura para observar esta ave é de Novembro a Fevereiro.

É uma ave que passa o Inverno em Portugal, vinda da tundra ártica da Eurásia e da América do Norte, onde nidifica, segundo o Atlas das Aves Marinhas.

“Os resultados de contagens nacionais no Continente sugerem uma população invernante de aproximadamente 6.000 aves, mas com uma clara tendência regressiva, o que aliás coincide com um padrão mais geral a nível internacional”, acrescenta o Atlas.

 

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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.