Que espécie é esta: trigueirão

O leitor José Pais fotografou esta ave a 28 de Dezembro de 2019 em São Manços, Évora, e quis saber a que espécie pertence. Gonçalo Elias dá-lhe a identificação.

A espécie que observou é um trigueirão (Emberiza calandra).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

O trigueirão é uma espécie residente muito comum em Portugal, especialmente no Alentejo.

É uma ave em tons de castanho, tem bico grosso, riscas no peito e patas rosadas, descreve o portal Aves de Portugal. “Esta ave pousa frequentemente em postes e fios telefónicos, deixando-se por isso observar relativamente bem.”

Alimenta-se de sementes, sobretudo de cereais, e de outras matérias vegetais, segundo o livro “Aves de Portugal – Ornitologia do território continental” (Assírio & Alvim, 2010). Na época de nidificação, também captura invertebrados.

Nos meses mais frios do ano, os trigueirões são mais discretos e 
juntam-se em bandos, que patrulham os campos em busca de 
alimento.

Mas na Primavera, a sua abundância torna-se mais visível, quando 
os machos repetem o seu canto vezes sem conta. Esta é, aliás, uma das suas características mais distintivas.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.