fruto espinhoso
Figueira-do-inferno (Datura stramoninum). Foto: Nova/Wiki Commons
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Que espécie é esta: uma figueira-do-Inferno

A leitora Sara Carvalho fotografou uma planta com grandes frutos espinhosos junto da Ribeira da Praia de São Lourenço, perto da Ericeira, no final de Setembro. O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra dá-lhe a identificação.

 

Tudo indica que se trata de uma planta exótica invasora, conhecida por figueira-do-inferno, com o nome científico Datura stramonium.

 

planta com frutos espinhosos
Foto: Sara Carvalho

 

Espécie identificada por: Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, que tem a decorrer um projecto de consultas botânicas para o qual poderá enviar todas as perguntas e dúvidas que tiver sobre as plantas ([email protected]).

Esta planta não deve ser ingerida, uma vez que é tóxica, chegando a ser fatal em doses mais elevadas. Floresce com grandes flores brancas ou púrpuras e os frutos, grandes e espinhosos, têm no interior minúsculas sementes pretas.

De acordo com o site do projecto de ciência cidadã Invasoras, cada cápsula desta planta pode conter cerca de 500 sementes, que conseguem germinar em qualquer altura do ano. Uma planta pode produzir até 30.000 sementes, que conseguem manter-se viáveis por mais de 40 anos.

 

sementes da figueira-do-inferno (Datura stramonium)
Foto: Sara Carvalho

 

Em Portugal, onde está registada de Norte a Sul do território continental, também é conhecida pelos sugestivos nomes de estramónio, erva-do-diabo, erva-das-bruxas, erva-dos-mágicos, figueira-brava, castanheiro-do-diabo e pomo-espinhoso, entre outros.

 

[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. No caso de plantas, deve enviar fotos de pormenor das folhas, frutos e flores (se houver), se possível também tiradas contra o céu. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

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Aprenda mais sobre esta e outras espécies de plantas invasoras em Portugal e ajude os cientistas a mapeá-las, no portal invasoras.pt.

Saiba mais sobre este projecto português de ciência cidadã, neste artigo da Wilder.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.