Que espécie é esta: viúva-de-patas-vermelhas

O leitor Luís Guerreiro fotografou esta aranha a 1 de Outubro em Olhos de Água, Albufeira, e quis saber a que espécie pertence. Sérgio Henriques responde.

Trata-se de uma aranha viúva-de-patas-vermelhas (Steatoda nobilis).

Espécie identificada por: Sérgio Henriques, líder do grupo de especialistas em aranhas e escorpiões da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e especialista da Sociedade Zoológica de Londres.

“Esta aranha é bastante comum em casas e em outras infraestruturas humanas, um pouco por todo o país.”

A aranha observada parece ser um juvenil.

A aranha que encontrou é uma das espécies de aranhas mais comuns em Portugal. Nesta espécie, o corpo das fêmeas tem entre nove a 14 milímetros de comprimento, sendo maiores do que os machos (entre sete e 11 milímetros), segundo o portal Naturdata.

As aranhas viúvas-de-patas-vermelhas vivem em árvores, pedras e casas e fazem as suas teias para capturar as presas – como vespas, moscas e abelhas – em zonas abrigadas.

Os machos são adultos durante a Primavera e Verão, altura em que abandonam as teias e se deslocam em busca das fêmeas, ainda de acordo com o Naturdata.

Esta é uma espécie inofensiva. “Apesar de ser uma das aranhas mais comuns e com maior contacto com o Homem, não se conhece nenhum caso confirmado da picada desta aranha”, segundo aquele portal.

De um modo geral tende a fugir e a esconder-se. Mas se for muito provocada pode causar uma “picada” dolorosa.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.