Que espécie é esta: Xylocopa cantabrita

O leitor Pedro Torcato fotografou estas abelhas vespa a 1 de Agosto em Mata, Fornos de Algodres  e quis saber a espécie. Albano Soares responde.

 

Pedro Torcado contou que observou um macho e uma fêmea a procriar. “Julgo serem abelhas carpinteiras, apenas queria confirmação”, escreveu à Wilder.

 

 

“Infelizmente decidiram fazer de um telheiro sustentado a madeira o seu lugar de procriação. São mais de 15 ninhos identificados, o que está a colocar em perigo a estrutura referida. Alguma sugestão em como acabar com esta “praga”? O ideal seria um produto que se aplicasse na madeira e as afastasse, pois julgo terem memória de geração e as crias voltam ao local onde foram geradas. Também quero evitar matar estes insectos por saber a importância dos mesmos na polinização.”

Trata-se de uma abelha carpinteira da espécie Xylocopa cantabrita.

Espécie identificada e texto por: Albano Soares, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta abelha carpinteira é bem menos comum do que a Xylocopa violacea.

A abelha encontrou um local para fundar colónia. Daqui a pouco tempo talvez ninguém possa destruir nenhum ninho de nenhuma abelha pois estamos a tentar que sejam todas protegidas.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.