Floresta. Foto: Aymanjed Jdidi/Pixabay
Foto: Aymanjed Jdidi/Pixabay
/

Câmara de Torres Vedras dá árvores autóctones para reflorestar região

A autarquia está a ceder carvalhos, medronheiros, azevinhos e outras espécies nativas para ajudar a reflorestar a região, no âmbito da 10ª edição da Reflorestação Nacional, de 15 e 30 de Novembro.

No âmbito do “Movimento plantar Portugal”, o município de Torres Vedras está a ceder árvores a todos os munícipes, escolas, associações e juntas de freguesia, interessados nos dias 22, 23, 25, 29 e 30 de Novembro nos Viveiros Municipais de Torres Vedras, segundo uma nota da autarquia enviada à Wilder.

As árvores em questão são pinheiros mansos (Pinus pinea), alfarrobeiras (Ceratonia siliqua), amieiros (Alnus glutinosa), azevinhos (Ilex aquifolium), carvalhos-portugueses (Quercus faginea), carvalhos-alvarinhos (Quercus robur), sobreiros (Quercus suber), azinheiras (Quercusrotundifólia), freixos (Fraxinus angustifolia), medronheiros (Arbutus unedo), castanheiros (Castanea sativa), cerejeiras-bravas (Prunus avium), zambujeiros (Olea europea var. sylvestris), faias (Fagus sylvatica), nogueiras (Juglans regia),, teixos (Taxus baccata), plátanos-bastardos (Acer Pseudoplatanus) e aveleiras (Corylus avellana).

As árvores estão limitadas ao stock existente nos viveiros municipais.

Além da cedência das árvores, a autarquia está a promover acções de plantação de árvores autóctones nas serras do Socorro (18, 20 e 24 de Novembro) e de São Julião (28 de Novembro) e na cidade de Torres Vedras (23 de Novembro).

No dia 23 de Novembro, das 15h00 às 17h00, será organizada uma visita guiada aos viveiros municipais de Torres Vedras.

Até 28 de Novembro estará patente no Centro de Educação Ambiental de Torres Vedras a exposição “Árvores Nativas”, da Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), com espécies de Portugal Continental, Açores e Madeira.

“As 20 espécies selecionadas mostram a riqueza da nossa vegetação. Muitas destas espécies, pertencentes a diferentes famílias, seriam predominantes no nosso território caso não houvesse intervenção humana”, explica a autarquia em comunicado.

“Procurou-se que as espécies escolhidas fossem bastante diversas, sendo algumas muito importantes do ponto de vista biológico e ecológico, outras do ponto de vista histórico e cultural e ainda outras do ponto de vista económico”.

A iniciativa da autarquia tem como objectivo “defender a biodiversidade e promover a floresta autóctone portuguesa” e realiza-se por altura do Dia da Floresta Autóctone, que se assinala todos os anos a 23 de Novembro.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.