Floresta. Foto: Aymanjed Jdidi/Pixabay
Foto: Aymanjed Jdidi/Pixabay

Escolas e IPSS desafiadas a recolher rolhas de cortiça para ajudar a floresta

Está de regresso a campanha Green Cork. As escolas e IPSS de todo o país têm até 30 de Junho para recolher rolhas de cortiça e assim ajudar a financiar a plantação de árvores autóctones através do projecto Floresta Comum.

 

No ano lectivo anterior, a iniciativa da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza e da Missão Continente conseguiu reunir 6,5 toneladas de rolhas de cortiça, recolhidas por 106 escolas e 15 IPSS.

Este ano, a campanha decorre de 13 de Abril a 30 de Junho. A iniciativa tem como destinatárias todas as escolas e IPSS nacionais e irá premiar as 12 entidades que se destacarem na recolha de rolhas. Serão entregues três prémios para cada uma das quatro categorias (JI/EB1, EB2/3, Secundário/Profissional, e IPSS), sendo que os mesmos consistirão num valor financeiro a ser entregue às Escolas, para a aquisição de material nas lojas Continente.

Implementado desde 2008, o Green Cork é um projecto de recolha de rolhas de cortiça para reciclagem. É desenvolvido em parceria com a Amorim, o Continente, o Dolce Vita, escolas, escuteiros, municípios, empresas de recolha de resíduos, adegas, produtores de vinho e outras entidades. Tem por objetivos principais recolher rolhas e financiar a plantação de árvores autóctones através do programa Floresta Comum.

Através das verbas que a Quercus recebeu pela entrega para reciclagem de cerca de 295 toneladas de rolhas de cortiça, já foram plantadas cerca de 476 mil árvores (dados de 2016). Só no ano lectivo de 2011/2012, o ano de maior sucesso com a iniciativa “Rolhas que dão Folhas” para assinalar o Ano Internacional da Floresta – promovida pelo Continente – foram entregues mais de 45.000 sacos cheios de rolhas de cortiça pelas 854 escolas participantes.

A 7ª edição do Floresta Comum tem disponíveis 211.125 árvores de 48 espécies nativas de Portugal para ajudar a reflorestar terrenos públicos ou comunitários para a época 2017/2018.

“A valorização económica da cortiça, nas suas diversas aplicações, permite a preservação de um dos hotspotsde biodiversidade do mediterrâneo e de uma cultura rural e tradicional portuguesa ligada ao montado de sobro”, lembra a Quercus, em comunicado.

“Separar as rolhas, em casa ou num restaurante, é dar oportunidade para que este material seja reciclado e reutilizado noutras aplicações, diminuindo assim a quantidade de resíduos e garantindo o armazenamento do CO2 na cortiça durante mais tempo.”

 

[divider type=”thick”]Saiba mais.

O regulamento e formulário de inscrição já estão disponíveis na área “Campanha – GreenCork Escolas” da página de internet do projeto Green Cork da Quercus.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.