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Foto: Joana Bourgard / Wilder

Há um novo guia online para o ajudar a observar aves em Lisboa

Pode não parecer à primeira vista, mas a cidade de Lisboa tem mais de 140 espécies de aves. Agora acaba de ser publicado online o “Guia ilustrado de Vinte e Cinco Aves de Lisboa”, com informações sobre onde e quando ver as espécies mais comuns.

 

O livro, que tem na capa um pato-real e um pisco-de-peito-ruivo, quer dar a conhecer as “características, os hábitos e onde observar” estas 25 espécies: pato-real, águia-d’asa-redonda, peneireiro-vulgar, pilrito, guincho-comum, gaivota-d’asa-escura, pombo-doméstico, rola-turca, coruja-das-torres, andorinhão-preto, andorinha-das-chaminés, alvéola-branca, carriça, pisco-de-peito-ruivo, rabirruivo-preto, melro-preto, toutinegra-de-barrete-preto, felosa-comum, chapim-real, chapim-azul, gaio-comum, pardal, pintassilgo, chamariz e periquito-de-colar.

Para cada uma das 25 espécies, o guia inclui uma ilustração, as melhores características que o vão ajudar a identificar a espécie (entre elas o comprimento e a envergadura da asa), informações sobre a nidificação, vocalizações, alimentação, onde e quando pode ser vista e curiosidades várias.

Por exemplo, pode ficar a saber que o chapim-real é um excelente aliado contra a lagarta-do-pinheiro, da qual se alimenta, que o gaio-comum consegue imitar o canto de outras aves ou ainda que o pardal pode usar até papel para construir o seu ninho, normalmente debaixo de telhas, em buracos ou em árvores.

Os lugares mais aconselhados para observar aves em Lisboa são o Parque Florestal de Monsanto e a zona ribeirinha do Estuário do Tejo. Mas pode começar pelo jardim mais próximo da sua casa, o seu quintal ou a sua rua. Depois pode aventurar-se pelos parques e jardins da cidade, aconselha o guia.

As melhores alturas do dia para a observação de aves são o nascer e o pôr do Sol; em dias de vento ou de chuva, as aves estarão mais reservadas.

O guia surge no âmbito do projecto Mochila Verde, uma iniciativa de educação e sustentabilidade da agência Lisboa E-Nova, em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa. Os textos são de Inês Metelo e Verónica Bogalho e as ilustrações são de Inês do Carmo.

Aqui fica, então, o guia ilustrado.

 

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Se não vive em Lisboa existem alternativas online para o ajudar a descobrir as aves.

Por exemplo, o portal Aves de Portugal dá-lhe sugestões de sítios onde pode observar aves no Algarve, durante as férias, e fornece listas distritais por todo o país com as espécies de aves.

No portal eBird pode ficar a par das espécies que estão a ser observadas e registadas pela comunidade ornitológica.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.