Pisco-de-peito-ruivo. Foto: Nigel Blake/RSPB
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Pisco-de-peito-ruivo é a Ave do Ano

O pisco-de-peito-ruivo foi o grande vencedor da votação organizada pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) para a escolha da Ave do Ano de 2019, arrecadando 63% dos votos.

 

Ao longo desta iniciativa em que as pessoas podiam escolher entre o pisco-de-peito-ruivo ou a toutinegra-de-barrete, e que começou a 23 de Janeiro e terminou no último domingo às 13h00, houve um total de 482 votos. Destes, o pisco-de-peito-ruivo conseguiu quase dois terços das preferências, com 304 votos a seu favor.

“Ao longo de 2019, iremos partilhar curiosidades e informações sobre esta espécie e as ameaças que enfrenta e procurar soluções”, explicou à Wilder Sonia Neves, da área de comunicação da SPEA.

O pisco vai ser, por exemplo, uma das faces do novo projecto Life+ Nature Guardians, que pretende combater a captura ilegal de aves. Esta espécie, tal como as toutinegras, é uma das principais vítimas destas acções em Portugal. O  destino? O uso em restaurantes ou a venda para cativeiro.

Os piscos-de-peito-ruivo são uma ave comum em Portugal (Continente e Ilhas) mas a população é maior durante os meses de Inverno, quando chegam piscos vindos do Norte da Europa. Podem ser observados tanto no campo como em jardins e parques de cidades.

Este ano foi a primeira vez que a Ave do Ano para Portugal foi escolhida através de votação na página de Facebook da associação, numa tentativa de envolver as pessoas.

 

[divider type=”thin”]Saiba mais.

Descubra como é que cientistas portugueses descobriram que os piscos-de-peito-ruivo (e as toutinegras-de-cabeça-preta) dão boleia a fungos “amigos” das plantas.

 

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Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.