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Borboleta almirante-vermelho (Vanessa atalanta). Foto: Kristian Peters / Wiki Commons

Viana do Castelo convida-o a fazer a lista das plantas e animais do distrito

A plataforma online Bioregisto, dirigida aos cidadãos, ajuda a identificar as espécies e a fazer a lista das plantas e animais que vivem no distrito.

 

Neste momento há 40 registos feitos por cidadãos, desde a raposa, lontra-europeia, texugo e rã-ibérica  à lagartixa-de-bocagem, ao açafrão-bravo e à borboleta almirante-vermelho. Todos ocorrem no distrito de Vila Real. Estes primeiros 40 registos foram feitos por cidadãos dos concelhos de Viana do Castelo, Braga, Ponte de Lima, Felgueiras e Fafe.

A plataforma é uma iniciativa do Centro de Monitorização de Interpretação Ambiental (CMIA) de Viana do Castelo e da Câmara Municipal. “Com um fim científico, mas destinado a todos os públicos, o Bioregisto permite a identificação de espécies de todo o distrito”, explica a autarquia em comunicado divulgado na segunda-feira.

O objetivo é “promover a divulgação do património biológico da região, mas também zelar pela sua conservação, através do conhecimento”.

Depois de enviar o registo fotográfico, o cidadão tem acesso a um resumo sobre a espécie fotografada, recebendo ainda informações sobre a Origem, o Reino, Classe, Ordem, Família, Género, Espécie, entre outros dados, como o Nome Vulgar.

O utilizador encontra ainda um conjunto de características de cada espécie, como por exemplo se são nativas ou não desta região, se estão classificadas com estatuto de conservação, segundo as normas Portuguesas e segundo as normas da IUCN (Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais), assim como o histórico de todos os cidadãos que contribuíram para estes registos.

Todos os registos são validados pelo CMIA, estrutura inaugurada em 2007 no moinho de maré de Viana do Castelo.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.