Que espécie é esta: borboleta Lasiocampa quercus

O leitor Gustavo Silva encontrou esta borboleta nocturna a 9 de Setembro em Almargem do Bispo, Sintra, e pediu para saber qual é a espécie. João Nunes responde.

“De entre as que conheço, é a maior que encontrei até hoje nesta zona. Agradecia muito se conseguissem identificar”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de uma borboleta Lasiocampa quercus.  

Identificação por: João Nunes, investigador de borboletas nocturnas e colaborador no projecto Rede de Estações de Borboletas Nocturnas

Segundo o investigador, a borboleta que o leitor fotografou é uma fêmea.

A Lasiocampa quercus é uma espécie descrita em 1758 e pertence à família Lasiocampidae (tal como a borboleta Lasiocampa trifolii que já foi identificada no “Que Espécie é Esta”).

Os machos adultos podem chegar aos 70 milímetros e as fêmeas aos 99 milímetros.

Esta borboleta, que ocorre quase por toda a Europa, está em voo, na fase adulta, no Verão. Passa o Inverno enquanto lagarta (como a que foi observada pela leitora Maria Ferreira em Novembro de 2020) e pode ser vista em arbustos ou árvores não muito grandes no Outono e princípios da Primavera.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.