Conheça os melhores fotógrafos de Natureza portugueses de 2019

Os vencedores do concurso GENERG – Fotógrafo de Natureza do Ano 2019 foram anunciados na abertura do Cinclus – Festival de Imagem da Natureza de Vouzela, a 25 de Janeiro.

 

Este ano, cerca de 1.400 as fotografias estiveram a concurso nas seguintes categorias: Paisagem, Flora e fungos, Fauna, Parque Natural Local Vouga-Caramulo (no concelho de Vouzela), Aves, Répteis e anfíbios, Arte Fotográfica e Canon – O homem e a natureza. O concurso esteve aberto a fotógrafos profissionais e amadores de nacionalidade portuguesa.

O maior prémio do concurso, de fotógrafo de natureza do ano, foi atribuído a Jacinto Policarpo. Houve ainda um primeiro e segundo vencedores para cada uma das categorias. No total foram distinguidos 16 fotógrafos de natureza.

“A decisão final foi unânime”, disse à Wilder Eduardo Barrento, um dos três fotógrafos de natureza que constituíram o júri do concurso, ao lado de Miguel Serra e Ricardo Lourenço. Eduardo Barrento destacou “o caráter quase abstrato da fotografia vencedora, o cuidado com a exposição e a composição”. “Estes foram elementos determinantes que me levaram a contribuir para a sua eleição.”

Ainda assim, fazer parte do júri do concurso foi “uma tarefa relativamente complexa”, reconheceu este fotógrafo de natureza que foi o grande vencedor do concurso em 2016, com a fotografia de um macho de peneireiro (Falco tinnunculus) que tinha acabado de capturar um rato.

Segundo Eduardo Barrento, “a subjetividade de uma avaliação deste tipo implica que se criem critérios mais objetivos para além do simples ‘gosto/não gosto’. Saliente-se que as fotografias são anónimas para o júri, evitando assim condicionamentos quanto ao ‘nome’ do artista” (de facto, alguns premiados eram ‘perfeitos desconhecidos’), mas por outro lado corre-se o risco de premiar várias vezes o mesmo fotógrafo, algo que também aconteceu”.

“No final, o que importa é o valor das imagens em si.”

O vencedor principal desta edição ganha 1.500 euros, os vencedores em cada categoria ganham 500 euros e os segundos vencedores recebem material fotográfico. A categoria Canon – O homem e a natureza distinguiu apenas um vencedor, que ganhou um vale Canon no valor de 750 euros.

Os vencedores foram conhecidos na abertura do Cinclus – Festival de Imagem de Natureza de Vouzela, que decorreu entre 25 e 27 de Janeiro.

Segundo João Cosme, um dos organizadores do evento, esta é uma forma de juntar a comunidade de fotógrafos, de divulgar o seu trabalho e a importância da conservação do mundo natural.

Em cada dia do Festival estiveram presentes cerca de 250 pessoas, disse ontem à Wilder João Cosme. “Acho que o festival correu bem. Tivemos várias iniciativas novas, como um passeio fotográfico ao Parque Natural Local Vouga Caramulo, e também várias exposições e convidados nacionais e internacionais. Os objectivos foram alcançados.”

Estes são, então, os vencedores do concurso Generg – Fotógrafo de Natureza do Ano:

 

Grande vencedor: Jacinto Policarpo

 

Aves: Jacinto Policarpo (1º lugar)

 

Répteis e anfíbios: Nuno Cabrita (1º lugar)

 

Fauna: Vasco Flores Cruz (1º lugar)

 

Flora e fungos: Daniel Santos (1º lugar)

 

Paisagem: João Coutinho (1º lugar)

 

Parque Natural Vouga Caramulo: Helder Coelho (1º lugar)

 

Arte fotográfica: Jacinto Policarpo (1º lugar)

 

Canon “O Homem e a Natureza”: Série de Nuno Cabrita (1º lugar)

 

 

 

 

 

 

[divider type=”thick”]Saiba mais.

Conheça aqui as outras fotografias distinguidas pelo concurso. 

 

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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.