Que espécie é esta: aranha cesteira-dos-prados

A leitora Ana Nicolau enviou-nos esta aranha que uma amiga encontrou na ilha da Madeira no início de Novembro para identificarmos a espécie. Sérgio Henriques responde.

“Uma amiga minha viu esta aranha na quinta onde ela passa os fins-de- semana, no Sítio das Lajinhas, Freguesia do Monte, Funchal”, escreveu à Wilder.

“Podem ajudar-me a identificar este animalzinho?”

Trata-se de uma aranha cesteira-dos-prados (Argiope trifasciata).

Espécie identificada por: Sérgio Henriques, líder do grupo de especialistas em aranhas e escorpiões da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e especialista da Sociedade Zoológica de Londres.

A aranha que a amiga da leitora encontrou é uma fêmea. E, “curiosamente, não está na sua teia, o que é bem invulgar”, disse o especialista.

Esta é uma espécie de aranha bem conhecida na ilha e inofensiva.

A aranha cesteira-dos-prados é semelhante à aranha Argiope bruenichi, que já identificámos anteriormente no Que Espécie É Esta. Sérgio Henriques explica que a A. bruenichi é amarela tigrada, enquanto a cesteiro-dos-prados “tem a cor cinzento quase metalisada que se vê na fotografia”.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.