Que espécie é esta: ninfa do louva-a-deus-do-corno

O leitor Luís Duarte fotografou este insecto em Muge, Salvaterra de Magos, a 10 de Dezembro e quis saber qual a espécie a que pertence. Eva Monteiro responde.

“Encontrei este louva-a-deus na localidade de Muge, concelho de Salvaterra de Magos, distrito de Santarém, no dia 10 de Dezembro de 2019, pelas 20h00”, escreveu o leitor à Wilder.

“Venho com curiosidade perguntar a identificação da espécie que encontrei.”

A espécie que observou é um louva-a-deus-do-corno (Empusa pennata).

Espécie identificada por: Eva Monteiro, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

O louva-a-deus que Luís Duarte encontrou é uma ninfa.

O nome comum é louva-a-deus-do-corno, porque tem uma espécie de corno cónico entre as antenas. 

Por ser uma ninfa é aptera e apresenta o abdómen enrolado para cima com umas esculturas que lembram uma espiga. 

Os adultos são parecidos, mas são maiores e têm as asas totalmente desenvolvidas. Embora também tenham a parte ventral do abdómen que parece uma espiga, as asas tapam-na e não se nota tanto como nas ninfas. 

Veja aqui outra ninfa de louva-a-deus-do-corno já identificada no Que Espécie É Esta.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.