Foto: Alcides Simão

Que espécie é esta: tritão-marmoreado

O leitor Alcides Simão fotografou um visitante que lhe apareceu em Reveles, Baixo Mondego, e pediu ajuda na identificação da espécie. Luís Ceríaco responde.

 

“Este bichinho adorável apareceu-me no quintal, tendo sido colocado posteriormente num local húmido do quintal, longe do perigo de poder ser atropelado acidentalmente”, explicou Alcides Simão, sobre as fotografias tiradas no dia 3 de Março.

Trata-se de um tritão marmoreado (Triturus marmoratus).

Espécie identificada por: Luís Ceríaco, especialista em répteis e investigador do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.

 

 

Estes anfíbios têm a cabeça achatada e focinho arredondado. As fêmeas costumam ter em média 11 centímetros de comprimento – mas podem chegar aos 16 centímetros – enquanto os machos são ligeiramente menores.

“Nos machos, e durante a época de reprodução, desenvolve-se uma crista ao longo da coluna vertebral desde a cabeça à cauda, a qual exibe alternadamente riscas verticais escuras e amareladas”, descreve a Universidade de Évora. A cauda dos machos também apresenta uma risca branca ou prateada na sua região central.

Já o dorso das fêmeas costuma apresentar uma linha vermelha ou alaranjada, semelhante à do tritão nestas fotografias.

 

 

O tritão-marmoreado distribui-se pela Península Ibérica, à excepção do Sudeste, e pelo Centro e Oeste de França.

Saiba mais sobre esta espécie noutras identificações já publicadas na Wilder, aqui e aqui.

 

[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

 

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.