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Foto: Danilo Cedrone/Wiki Commons

Associação portuguesa recebe 300 mil euros para proteger oceanos

O donativo, da Fundação Oceano Azul, será concretizado de 2020 a 2022 e investido no Programa Oceanos da ANP-WWF Portugal, foi hoje anunciado.

O apoio financeiro, que terá início em Janeiro de 2020, permitirá à Associação Natureza Portugal – WWF promover a pesca sustentável, a criação de áreas marinhas protegidas e a conservação de espécies como o cavalo-marinho, tubarões e raias.

Segundo um comunicado da Fundação Oceano Azul, “há um interesse mútuo em desenvolver iniciativas em torno do reconhecimento, proteção e promoção sustentável do valor do capital natural do mar”.

Atualmente, o Programa Oceanos e Pescas da ANP – WWF tem trabalhado a pesca sustentável, o consumo responsável de pescado, a protecção de espécies e o combate à poluição marinha por plásticos.

Com o donativo agora atribuído, pretende-se que este Programa vá mais longe na conservação marinha.

“Este apoio da Fundação Oceano Azul representa um grande impulso para o Programa Oceanos em Portugal, permitindo aumentar e capacitar a equipa, desenvolver maior conhecimento sobre as temáticas marinhas e influenciar a política nacional e europeia de forma a ter um impacto efetivo na conservação do oceano”, explicou Ângela Morgado, diretora executiva da ANP – WWF.

Ângela Morgado, João Falcato e Francisco Rêgo na assinatura do acordo. Foto: Pedro A. Pina

“As ameaças que o oceano em geral e o mar português em particular enfrentam convocam-nos a agir juntos, de forma articulada com o maior número possível de instituições”, comentou por seu lado Tiago Pitta e Cunha, CEO da Fundação Oceano Azul.

O acordo foi formalizado durante a reunião da WWF Internacional Oceans Practice, que juntou, no Oceanário de Lisboa, durante três dias, mais de 40 especialistas em Oceanos da organização vindos de várias partes do mundo.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.