Que espécie é esta: percevejo-do-fogo

O leitor João Milheiro Batista fotografou estes animais a 20 de Setembro em Idanha-a-Nova e quis saber qual a espécie a que pertence. Eva Monteiro responde.

“Seria possível ajudar-me na identificação destes ‘seres’? Estavam num tronco de castanheiro morto em Idanha-a-Nova”, contou João Milheiro Batista à Wilder.

Tratam-se da espécie percevejo-do-fogo (Pyrrhocoris apterus).

Espécie identificada e texto por: Eva Monteiro, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Este é um percevejo da família Pyrrhocoridae.

O adulto distingue-se pela cabeça totalmente preta com olhos avermelhados e pela coloração vermelha com desenho negros.

Na imagem vemos ainda três ninfas, os estadios imaturos que ainda não não têm as asas totalmente desenvolvidas, nem estão aptos para a reprodução.

É comum ver-se grandes aglomerações de indivíduos desta espécie, adultos e ninfas, muitas vezes sobre cascas de árvores.  


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.