Que espécie é esta: borrelho-pequeno-de-coleira

O leitor João Carvalho fotografou esta ave a 6 de Julho junto ao rio Mondego, Coimbra, e pediu para saber a espécie. Gonçalo Elias responde.

“Agradeço desde já o óptimo serviço que vocês prestam ao ajudar os leigos a identificar as belezas naturais com que se vão cruzando. Envio em anexo uma foto que tirei no passado dia 6 de um pequeno pássaro num banco de areia do rio Mondego, perto de Coimbra. Parecia andar atrás de um outro pássaro que estava também a investigar o banco de areia e que me pareceu ser uma alvéola branca juvenil”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de um borrelho-pequeno-de-coleira (Charadrius dubius).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

Contrariamente aos seus congéneres, esta espécie frequenta sobretudo zonas de água doce, explicou este especialista.

Segundo o portal Aves de Portugal, o “borrelho-pequeno-de-coleira é uma graciosa limícola que nidifica nas margens de ribeiras e açudes do interior do país. Surpreendido por um observador, enceta um curioso “teatro” em que simula uma asa partida, tentando assim distrair o observador da presença do ninho”.

Esta ave é “estival” e é mais frequente no interior alentejano, embora também ocorra no resto do país.

“A espécie pode geralmente ser observada nas zonas de reprodução entre Março a Setembro, havendo registos ocasionais da sua ocorrência durante o Inverno. Durante as épocas de migração também ocorre junto à faixa costeira.”


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.