Que espécie é esta: lontra

A leitora Ana Figueiredo encontrou este animal entre Alcácer do Sal e a Comporta a 1 de Outubro e pediu ajuda na identificação da espécie. Francisco Álvares responde. 

“Encontrei este animal já morto no dia 1 de Outubro na estrada que vai de Alcácer do Sal para a Comporta. Gostaria de saber se que animal se trata”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma lontra (Lutra lutra).

Espécie identificada e texto por: Francisco Álvares, investigador do CIBIO-InBIO, especializado em mamíferos carnívoros.

“Apesar da cabeça não estar muito evidente, trata-se de uma lontra (Lutra lutra), um mamífero carnívoro comum e amplamente distribuido em Portugal”, explicou Francisco Álvares.

“Pertence à familia Mustelidae, tal como a doninha e o texugo, mas encontra-se muito bem adaptado a uma vida semi-aquática, ocorrendo  junto de rios e albufeiras.”

A lontra alimenta-se de peixes e lagostins. Faz as suas tocas perto dos rios, entre as raízes das árvores, em zonas de vegetação abundante. 


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.