Noite Europeia dos Investigadores: 20 propostas para uma sexta-feira naturalista

Início

A noite mais científica do ano acontece já a 29 de Setembro em vários pontos do país, incluindo Lisboa, Braga, Coimbra e Évora, e ainda online. É uma oportunidade única para conhecer o que se faz de ciência em Portugal.

1. Workshop “Viscoso, mas valioso”

Caravela-portuguesa. Foto: Rhalah

Os organismos gelatinosos, como as medusas, foram os primeiros organismos multicelulares a surgir na Terra. Vamos conhecê-los melhor com o projeto GelAvista do IPMA.

Onde: Local da exposição “Dinossauros: o regresso dos gigantes”, no Pavilhão do Conhecimento, Lisboa

Quando: Das 19h15 às 20h00

 2. Workshop “Quem quer ser paleontólogo/a?”

E depois dos dinossauros? Com a ajuda do paleontólogo Ricardo Araújo, do IPFN – IST, vamos descobrir mais sobre os ancestrais dos mamíferos e a nossa fascinante família.

Onde: Local da exposição “Dinossauros: o regresso dos gigantes”, no Pavilhão do Conhecimento, Lisboa

Quando: Das 19h15 às 20h00

3. Gigantes Marinhos

Podem ser gigantes, mas são belos seres marinhos. Estas marionetas do Observatório do Mar dos Açores vão iluminar a Noite Europeia dos Investigadores, e trazem uma missão importante: lembrar que o futuro passa por proteger todos os seres vivos.

Onde: Fonte exterior do Pavilhão do Conhecimento, Lisboa

Quando: Das 23h00 às 00h00

4. Cigarras de Portugal: a importância do contributo dos cidadãos para o seu conhecimento

Cegarregão-abelhudo (à esq.) e cigarra-verde-do-Alentejo. Foto: Vera Nunes


O projeto Cigarras de Portugal nasceu em 2019, pela mão de cientistas portugueses, com campanhas de ciência cidadã no Verão que se repetem anualmente. Vamos apresentar brevemente as 13 espécies de cigarras com ocorrência em Portugal, mostrar como reconhecê-las e quais as mais raras e ameaçadas. Iremos também mostrar como se pode tornar um cientista e contribuir para este projeto, contribuindo para a monitorização anual e a delimitação das áreas de distribuição destas espécies.

Onde: Jardim do Príncipe Real, Lisboa

Quando: Das 17h00 às 24h00

5. Bioblitz de morcegos e borboletas nocturnas

Morcego-pigmeu. Foto: Evgeniy Yakhontov/Wiki Commons

No BioBlitz o objectivo é medir e registar a biodiversidade no Jardim Botânico de Lisboa, neste caso através da contagem das espécies de morcegos e borboletas nocturnas que ali vivem. Junte-se a diversos especialistas para registar as suas observações.

Onde: Jardim Botânico da Universidade de Lisboa, Rua da Escola Politécnica

Quando:

20h00 – 21h30 Morcegos

21h30 – 22h30 Borboletas noturnas

Inscrições em: https://forms.gle/c1NP8ASaJxjtgX669

6. Desmontar o montado

O montado é talvez o ecossistema mais emblemático do nosso país e um exemplo mundial da convivência sustentável entre fauna, flora e atividades socioeconómicas. Afinal, sob as esparsas copas das azinheiras e sobreiros convivem inúmeras espécies de mamíferos, aves, insectos, répteis, anfíbios, plantas, cogumelos…e as pessoas, que dedicam a atividades como a extração da mundialmente conhecida cortiça. O objectivo é descobrir toda a biodiversidade deste ecossistema! Esta actividade foi inspirada na investigação realizada ao longo dos 30 anos na Herdade da Ribeira Abaixo, estação de campo do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (cE3c). 

Onde: Piso 1 do MUHNAC – Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Rua da Escola Politécnica

Quando: Das 17h00 às 24h00 

7. Encontrei um golfinho na praia, e agora?

O arrojamento de animais marinhos é um fenómeno comum. Uma cação atempada pode ajudar bastante no desfecho para o animal. Nesta atividade prática, vamos falar sobre arrojamentos de animais marinhos e exemplificar o que fazer quando os encontramos na praia. Além disso, vão poder ter acesso a algumas demonstrações do trabalho laboratorial da equipa.

Onde: Claustro do MUHNAC – Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Rua da Escola Politécnica

Quando: Das 17h00 às 24h00 

8. Workshop “Ficologia: Um mergulho pelo mundo das macroalgas”

Para a demonstração deste projecto, os participantes terão a possibilidade de herborizar macroalgas através das técnicas utilizadas em herbários para a preservação destes exemplares e levar para casa os seus espécimes identificados. É uma actividade aberta a todas as faixas etárias. Entre sessões, os participantes terão a possibilidade de observar exemplares históricos e exemplares frescos à lupa/microscópio.

Onde: Laboratório Marieta Silveira, no piso 0 do MUHNAC, Rua da Escola Politécnica, Lisboa

Quando: 18h00 / 20h00 (2 sessões)

Inscrições obrigatórias e limitadas (até 20 participantes) a realizar no dia do evento, junto da banca do MUHNAC (átrio central do Museu).

9. Visita orientada “As estratégias de vida dos briófitos do Jardim Botânico da Universidade de Lisboa”

Musgo-trançado-comum (Hypnum cupressiforme). Foto: Alexis / Wiki Commons

Os briófitos, o grupo mais antigo de plantas terrestres, são plantas geralmente de pequena dimensão e integram, três grupos principais: hepáticas, musgos e antocerotas. Com esta actividade, pretende-se demonstrar ao público diferentes estratégias de vida presentes na comunidade de briófitos que se desenvolve no Jardim Botânico (MUHNAC, UL). Para todas as idades.

Onde: Jardim Botânico da Universidade de Lisboa, Rua da Escola Politécnica

Quando: Das 18h00 às 19h00

Inscrições obrigatórias e limitadas (até 20 participantes) a realizar no dia do evento, junto da banca do MUHNAC (átrio central do Museu).

10. Horta-STOL // Pouca água, algumas espigas, muitas flores e bué formigas

Stand com diferentes actividades ligadas à biodiversidade da Horta-STOL (Science Through Our Lives), na Universidade do Minho, e sobre a importância da preservação dos ecossistemas e da gestão racional dos recursos naturais (nomeadamente a água). Algumas das iniciativas previstas: – apresentar um formigueiro com uma colónia viva de formigas, – apresentar um herbário e a forma de o fazer, – mostrar monotipias de folhas e outras estruturas vegetais e permitir que os visitantes possam fazer as suas, – doar sementes de plantas autóctones preservadas em papel, – apresentar algumas plantas da horta e produtos obtidos a partir delas (temperos, infusões, incensos, sal aromatizados, pigmentos, esponjas vegetais…), – apresentar um álbum com todas as espécies de animais registados na horta até ao momento.

Onde: Altice Forum Braga

Quando: Das 17h00 às 24h00 

11. Quem é quem: Descobrir a biodiversidade através do ADN

Nesta atividade interativa e educativa, os participantes serão desafiados a descobrir as conexões genéticas entre diferentes espécies usando a técnica dos códigos de barras de ADN. Esta actividade divertida e educativa permitirá que crianças, jovens e adultos experimentem a aplicação prática do código de barras de DNA e compreendam como esta técnica revolucionária pode revelar a identidade oculta das espécies e contribuir para a conservação da biodiversidade.

Onde: Altice Forum Braga

Horário: 17h00 às 24h00 

12. Quebrar o gelo: porque é que os ursos polares não comem pinguins?

Foto: Hans Jurgen Mager/Unsplash

Pretende-se dar a conhecer ao público em geral qual a importância do estudo das regiões polares e qual a sua importância para o mundo e para Portugal. Irão abordar-se temas desde as alterações climáticas à poluição marinha, como novas tecnologias e mais sustentáveis estão a ser aplicadas nestas regiões tão inóspitas e como Portugal pode aprender com estes desenvolvimentos. Serão mostrados ao público equipamentos de investigação científica, jogos didáticos para explicação de conceitos, ao mesmo tempo que o público pode ter uma conversa informal com os vários investigadores.

Onde: Zunita, Praça do Comércio, em Coimbra

Quando: Das 17h00 às 00h00 

13. Jogo “Bugalhos: Um condomínio muito animado!”

Desde terras transmontanas até às extensas planícies alentejanas, seja como brinquedos, instrumentos musicais, etc…os bugalhos dos carvalhos estão presentes nas memórias coletivas populares desde tempos imemoriais. De forma simples, os bugalhos são galhas, ou seja, estruturas formadas pelas plantas em reação à picada de um inseto. Mas, nem só os carvalhos apresentam galhas. Há muitas outras espécies de plantas com este tipo de estruturas, as quais, na grande maioria das vezes, passam despercebidas. Há plantas em que as galhas impedem a produção das sementes, ajudando a controlá-las! Uma observação “esbugalhada” do interior destas estruturas mostra um fantástico ecossistema, onde os formadores de galhas, os parasitóides e os inquilinos interagem entre eles. Acompanhe-nos nesta aventura e venha descobrir quais são algumas das galhas que pode encontrar perto de si e a sua importância!

Onde: Loja dos Sabores da Região de Coimbra, em Coimbra

Quando: Das 17h00 às 00h00 

14. Jogo “Mamíferos fantásticos e onde encontrá-los”

esquilo vermelho meio escondido atrás de um coto de árvore
Esquilo-vermelho. Foto: Adrian Kirby/Pixabay

Pretende-se realizar um mapeamento participativo sobre a distribuição e habitats das espécies de mamiferos presentes em Portugal. Para além disso, haverá uma mostra de alguns trabalhos em curso, em que se fala sobre cada espécie. Realização de um jogo interativo dedicado a crianças sobre a alimentação desses mesmos mamiferos.

Onde: Seoul Chicken, em Coimbra

Quando: Das 17h00 às 00h00

15. Jogo “Ninhos à lupa”

Jogo para aprender a conhecer os ninhos das aves nidificantes em cavidades e observação à lupa de materiais usados na construção dos mesmos. Poderá ver à lupa a variedade de materiais usados pelos chapins para construir os seus ninhos, desde materiais naturais como materiais de origem antropogénica. Através do conhecimento da variedade de materiais utilizados pelas aves para construir os seus ninhos, o público terá oportunidade de perceber a problemática da gestão dos resíduos antropogénicos persistentes no ambiente e será sensibilizado sobre os perigos que deles poderão advir para as aves.

Onde: Pastelaria Toledo, em Coimbra

Quando: Das 17h00 às 00h00 

16. Jogo “Peixes de Água Doce e Migradores”

O MARE – Centro de Ciências do Mar e do Ambiente e a Universidade de Évora convidam os visitantes a jogar e testar os seus conhecimentos sobre os peixes migradores das nossas águas. Sabem para onde vão todas as enguias adultas? E o que come a lampreia-marinha? Descubram as respostas a estas e outras perguntas.

Onde: Praça 1º de Maio, junto ao Mercado Municipal de Évora

Quando: Das 17h00 às 00h00 

17. Actividade “Vamos conhecer as corujas e mochos de Portugal”

Nesta atividade os participantes são convidados a responder a um quiz sobre identificação e ecologia das aves de rapina noturnas, complementado por demonstrações de métodos e técnicas que a equipa do LabOr-MED, da Universidade de Évora, utiliza para investigar estas aves. Apela-se ainda à participação do público na localização das aves de rapina noturnas. Por serem mais difíceis de observar do que as aves diurnas, todas as informações sobre os locais onde já foram vistas ou ouvidas podem ser muito úteis aos cientistas que trabalham na sua conservação. Em Portugal existem sete espécies de corujas, mochos e bufos, e algumas das suas populações estão a diminuir.

Onde: Praça 1º de Maio, junto ao Mercado Municipal de Évora

Quando: Das 17h00 às 24h00 

18. A viagem dos peixes migradores

O MARE e a Universidade de Évora convidam os visitantes a descobrir como podemos seguir de perto a vida dos peixes migradores. Com o divertido “A viagem dos peixes migradores”, podemos ficar a saber mais sobre a os peixes migradores e os perigos que enfrentam na sua jornada, e ao mesmo tempo ajudar a criar um ambiente melhor para a fauna piscícola.

Onde: Praça 1º de Maio, junto ao Mercado Municipal de Évora

Quando: Das 17h00 às 00h00 

19. Madame Butterfly: o espetáculo sobre a vida secreta das nossas borboletas

Através de um desafiante jogo para apanhar borboletas, vai-se falar da sua relação íntima com as plantas. Quais as plantas adequadas para potenciar diferentes espécies de borboletas? Como identificamos as borboletas? Qual a sua importância na natureza? Pouco a pouco iremos descobrir que medidas sustentáveis devemos adoptar para promover a diversidade de borboletas e para as proteger.

Onde: Praça 1º de Maio, junto ao Mercado Municipal de Évora

Quando: Das 17h00 às 00h00 

20. Seguindo o trilho misterioso dos mamíferos do Alentejo

Vamos resolver o enigma das pegadas dos mamíferos e a sua importância para descobrir as espécies que habitam o Alentejo. Como verdadeiros detectives, vamos seguir o seu trilho e desvendar a que animal pertence cada pegada, assim como os seus segredos. Falaremos sobre os seus hábitos, como detetá-las no campo, descobrir alguns dos mitos associados e como poderemos contribuir para a sua conservação.

Onde: Praça 1º de Maio, junto ao Mercado Municipal de Évora

Horário: Das 17h00 às 00h00 


Saiba mais.

Conheça os programas completos da Noite Europeia dos Investigadores:

Em Lisboa, no Pavilhão do Conhecimento, e no Museu Nacional de História Natural e da Ciência e Jardim do Príncipe Real, aqui.

Em Coimbra, Braga, Évora e Aveiro.

E ainda tudo o que está previsto para as actividades online.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.