Caravela-portuguesa (Physalia physalis). Foto: Ana Cristina Almeida

Que espécie é esta: caravela-portuguesa

A leitora Ana Cristina Almeida encontrou esta espécie a 4 de Agosto em São Pedro de Moel e quis saber se se trata de uma caravela-portuguesa. A equipa do GelÀVista confirma.

“Avistei esta caravela portuguesa (?) em S. Pedro de Moel, dia 4 de agosto, cerca das 11h30 da manhã (maré baixa). Tinha cerca de 20 centímetros de envergadura e já tinha sido movida para mais perto da rebentação. Confirma-se?”, perguntou a leitora à Wilder. 

Trata-se de uma caravela-portuguesa (Physalia physalis).

Espécie identificada e texto por: Equipa do GelAVista, do Grupo de Oceanografia e Plâncton do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Sim, confirmamos que se trata da caravela-portuguesa, Physalia physalis.

A caravela-portuguesa é um sifonóforo e é constituída por um conjunto de vários indivíduos simbióticos (zooides), cada um com a sua função específica, que funcionam em conjunto como um único organismo.

A caravela portuguesa apresenta longos tentáculos providos de umas estruturas venenosas, os cnidócitos, que libertam um veneno forte, quando em contacto com outros organismos. As toxinas libertadas por estes organismos causam, nos humanos, reações cutâneas e dor intensa, mesmo quando os organismos já se encontram mortos. Assim sendo, é aconselhado que os utilizadores das praias mantenham a distância e que não toquem nos organismos.

Em caso de contacto acidental, deverão ser aplicadas compressas de água quente e vinagre. No caso da zona afetada ser extensa, deverá procurar-se assistência médica.

As caravelas portuguesas são organismos cosmopolitas que habitam águas quentes e temperadas de todos os Oceanos, no entanto encontram-se maioritariamente em águas oceânicas. São frequentes em Portugal.

A ocorrência de caravelas portuguesas é ainda difícil de prever. A sua distribuição é fortemente influenciada por fenómenos atmosféricos e oceânicos, especialmente pelo vento, que transporta estes organismos através do seu pneumatóforo, uma vesicula cheia de gás que se assemelha a um balão flutuante.


Pode gostar de saber que temos Fichas de Campo Wilder sobre estas espécies:


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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

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