Que espécie é esta: escorpião Buthus sp.

Fini Swanepoel encontrou a 29 de Setembro de 2022 um escorpião entre Porches e Carvoeiro e pediu ajuda para saber qual a espécie e sobre o que fazer. Pedro Sousa responde.

“Estamos situados a dois quilómetros da costa, entre Porches e Carvoeiro. Poderiam dizer algo sobre este escorpião, por favor? E será fatal para os meus gatos, no caso de serem atacados?”, perguntou à Wilder.

Trata-se de um escorpião autóctone do género Buthus.

Espécie identificada e texto por: Pedro Sousa, investigador do CIBIO-InBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos).

Todos os escorpiões podem injectar veneno com o aguilhão que têm na ponta da cauda. A “cauda” é na verdade um prolongamento do abdómen chamado de metassoma.

Nos escorpiões o tubo digestivo prolonga-se pela cauda e o ânus localiza-se imediatamente antes do “último segmento”, onde estão as glândulas que produzem o veneno e o aguilhão que o injecta.

A resposta ao leitor/a é que não sei. Há alguns anos ajudei uma aluna de veterinária na sua tese de mestrado, a Carolina Magro, que ilustra todas as possibilidades de ocorrências definidas por ela.

Os animais são afectados pelo veneno dos escorpiões, tal como as pessoas.

E o tamanho corporal é importante (sendo que menor é pior), mas a fisiologia das espécies também, e os gatos nesse sentido são obviamente diferentes dos seres humanos. E isto é tudo o que sei dizer.

E também não sei o que fará um gato em termos de instinto, se ficará curioso ou se tentará sair do caminho.

Os escorpiões só picam em ultima hipótese, tentarão sempre primeiro fugir/esconder-se da situação, depois ameaçar com as pinças e cauda, e apenas se sentirem que não têm outra saída, então tentarão picar.

Os escorpiões passam o dia abrigados em tocas ou abrigos temporários.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Equipa Wilder

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