Que espécie é esta: larva de pirilampo

A leitora Isabel Vaz fotografou este insecto a 30 de Janeiro no Seixal e quis saber qual a espécie a que pertence. Albano Soares e Eva Monteiro respondem.

Trata-se de uma larva de pirilampo.

Espécie identificada e texto por: Albano Soares e Eva Monteiro, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Pelas forma das antenas é possível ver que é uma larva.

Os pirilampos são insectos muito carismáticos pertencentes à Ordem Coleoptera, família Lampyridae. São famosos pela sua rara capacidade de produzir luz de origem biológica (bioluminescência), mas o seu real aspecto é desconhecido da maior parte das pessoas.

As larvas de pirilampo são predadoras vorazes de caracóis e por isso consideradas amigas dos agricultores.

Embora as larvas também sejam bioluminescentes, são principalmente os adultos que se comunicam por sinais luminosos. As fêmeas emitem uma série de pulsos luminosos característicos para atrair os machos para a cópula. Em Portugal ocorrem uma dezena de espécies.

Descubra seis coisas a saber sobre os pirilampos em Portugal.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.


Já que está aqui…

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Marco Nunes Correia é ilustrador científico, especializado no desenho de aves. Tem em mãos dois guias de aves selvagens e é professor de desenho e ilustração.

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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.