Que espécie é esta: medusa-do-tejo

Medusa do Tejo

A leitora Alexandra Oliveira Pinto observou este fragmento de medusa na praia da Torreira, Murtosa, a 30 de Julho, e pediu ajuda para identificar a espécie. A equipa do GelAvista responde.

“Encontrei, esta tarde (30 de Julho), na praia da Torreira, a sul do esporão, este fragmento que julgo ser de medusa-do-tejo”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma medusa-do-tejo (Catostylus tagi).

Espécie identificada e texto por: Equipa do GelAVista, do Grupo de Oceanografia e Plâncton do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Parece ser um fragmento da campânula da medusa-do-tejo (Catostylus tagi), a espécie com o maior número de avistamentos em Portugal continental.

Como o seu nome indica, esta medusa tem origem no rio Tejo, onde foi descrita pela primeira vez e é facilmente avistada. Pode também ser encontrada no Sado, Algarve, estuário do rio Guadiana, Ria de Aveiro e um pouco por toda a costa.

Trata-se de uma espécie de grandes dimensões, que se distingue pelos oito braços orais espessos em forma de cachos de uva, onde se localizam as células urticantes, e pelas gónadas (órgãos sexuais) em cruz, visíveis através da sua campânula.

Avistada em tons acastanhados ou brancos e, por vezes, até azulados ou rosados, a medusa-do-tejo acaba, muitas vezes, arrojada nas praias, dada a sua incapacidade de contrariar a força das correntes e marés. O estado de degradação dependerá de há quanto tempo foi arrojada.

A espécie tem sido estudada para fins biomédicos, devido ao elevado conteúdo em colagénio.

Embora o seu poder urticante seja considerado fraco, aconselha-se precaução. Se for picado, recomenda-se lavar, sem esfregar, a zona afetada com água do mar, remover com uma pinça possíveis vestígios na pele do organismo e aplicar gelo durante 15 minutos.


Pode gostar de saber que temos Fichas de Campo Wilder sobre estas espécies:


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Equipa Wilder

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