Que espécie é esta: mosca das flores Milesia crabroniformis

A leitora Ana Trinta encontrou este insecto a 2 de Setembro em Monte Redondo, Torres Vedras, e pediu ajuda para saber qual a espécie. Albano Soares responde. 

Ana Trinta encontrou este insecto na tarde de 2 de Setembro. “Estava bastante calor e ela ficou ao sol na nossa varanda durante  umas 2/3 horas. A aldeia está inserida numa zona de pinhal, pomares (pêra rocha) e serra com mato raso”

Trata-se de uma mosca das flores (Syrphidae), Milesia crabroniformis.

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta mosca pode confundir-se com uma vespa. Mas difere pelo facto de só ter um par de asas, em vez de dois, e por ter os olhos mais globulares e as antenas mais curtas.

Estas moscas, conhecidas por moscas das flores, são grandes polinizadoras. Normalmente são encontradas junto a flores, das quais os adultos dependem para se alimentar do néctar e do pólen.

As larvas das moscas Syrphidae podem alimentar-se de plantas e animais em decomposição e de afídios e de outros insectos que parasitam e sugam a seiva das plantas. Por isso, estas moscas são um importante meio ecológico de pragas agrícolas.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.