pequenas flores laranja num prado
Foto: Joana Bourgard

Madrid assume protecção da biodiversidade como prioridade

A ministra espanhola para a Transição Ecológica, Teresa Ribero, afirmou esta sexta-feira que tem como prioridade a conservação da biodiversidade, que sofre hoje perdas “a um ritmo sem precedentes”.

 

“Travar a perda de biodiversidade é um assunto inacabado que temos como país, o que nos exige actuar sobre as causas, entre as quais se destaca a mudança de uso do solo e o abandono rural”, sublinhou a ministra que tutela a pasta do Ambiente, perante a Comissão para a Transição Ecológica do Senado. “O capital natural é um dos nossos principais activos”, afirmou.

Um dos principais objectivos, salientou, é cumprir as Metas de Aichi (2011-2020), ligadas ao Plano Estratégico para a Diversidade Biológica, assinado em Outubro de 2010 na cidade japonesa de Nagoya. Espanha pretende avançar com novos planos estratégicos para a biodiversidade e actualizar os existentes, criando ainda novos estímulos para evitar o despovoamento dos territórios.

A ministra disse ainda que é preciso reforçar os planos de preservação e recuperação de espécies ameaçadas, consolidar os bancos genéticos, proteger os espaços vitais e actualizar as listas de espécies ameaçadas.

Espanha é actualmente o país europeu com maior superfície do território coberta por áreas de conservação ligadas à Rede Natura 2000, cerca de 30%, com cerca de 1.800 espaços protegidos.

Um dos projectos em cima da mesa é “multiplicar por três” as áreas marinhas protegidas em Espanha, lembrou Teresa Ribero, incluindo a criação do primeiro parque nacional marinho espanhol no Mar de las Calmas, na Isla Del Hierro, arquipélago das Canárias.

Por outro lado, comprometeu-se a apresentar em 2019 uma estratégia de luta contra a contaminação por plásticos, em resposta “ao desafio lançado por Bruxelas”.

 

[divider type=”thin”]Saiba mais.

Recorde como Espanha está a abrir a porta à reintrodução de 32 espécies selvagens já extintas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.