Oceanos. Foto: Mobibit/Pixabay

Portugal assina formalmente Tratado do Alto Mar

O Governo português e a comunidade internacional assinaram a 19 de Setembro, em Nova Iorque, o novo Tratado do Alto Mar para a conservação e uso sustentável da biodiversidade marinha em zonas fora da jurisdição nacional.

“Este novo e histórico tratado disponibiliza um quadro sólido para reforçar a conservação e a gestão da vida marinha, nos cerca de dois terços do oceano que constituem o alto mar”, segundo a Fundação Oceano Azul, que já congratulou o Governo português.

O tratado entrará em vigor quando for ratificado por pelo menos 60 países.

Depois de quase 20 anos de discussões e negociações, o novo tratado internacional adotado ao abrigo da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, conhecido como o Tratado do Alto Mar, já foi assinado por mais de 40 Estados Membros da Organização das Nações Unidas (ONU), à margem da Assembleia Geral em Nova Iorque.

Portugal, através do Ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, foi um dos primeiros a fazê-lo. A Fundação Oceano Azul espera “que até ao final da semana o número de países assinante aumente significativamente”.

“A assinatura deste Tratado tem uma importância histórica, porque é a decisão mais importante tomada pela comunidade internacional sobre o oceano no século XXI”, comentou Tiago Pitta e Cunha, CEO da Fundação Oceano Azul. “O oceano sofre uma crise profunda e este acordo vem permitir medidas de proteção e de valorização do oceano no Alto Mar, que serão fundamentais para o futuro do nosso planeta.”

No entanto, a Fundação lembrou que a assinatura do tratado ainda não vincula formalmente os estados signatários, sendo necessário que esses países o ratifiquem e adotem medidas internas para cumprir as disposições do acordo.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.